Na calada da noite, Natsumaru se esgueirou até os muros e espiou. Viu dois guardas parados do lado de fora do portão, dois do lado de dentro, e um a cada trinta metros, espalhados pela propriedade. Havia arqueiros em pontos estratégicos e guardas dentro da casa. O quarto do daimyo ficava no ultimo andar.
Correu pelo lado de fora, encontrou o riacho e mergulhou. Seu treinamento fora completo, e sabia que poderia prender a respiração por dois minutos e meio. Nadou até sair no pequeno poço da propriedade, uma falha extremamente infantil na segurança. Olhou e viu dois guardas por perto. Um deles com uma lança, o outro apenas com as espadas. Não havia nenhum arqueiro naquele perímetro.
Quando o guarda de espadas virou-se de costas e passou perto dos estábulos, Natsumaru correu e numa fração de segundo, tapou a boca do homem e abriu-lhe a garganta. Quase na mesma hora, puxou um pedaço de pano e estancou o corte, impedindo que o sangue caísse no chão por alguns instantes, o que lhe deu tempo suficiente para esconder o corpo dentro do estábulo. Haviam apenas dois cavalos no local, mas Natsumaru fora tão silencioso que não acordou os animais. Lá dentro, puxou sua mochila de couro e tirou uma muda de roupas secas, pois a água poderia lhe denunciar quando estivesse dentro da casa. Tampou o corpo do guarda e as roupas molhadas com feno e conferiu o equipamento.
Olhou para fora outra vez. Tudo limpo. Subiu no estábulo e lançou o gancho no telhado do primeiro andar. Pulou e evitou o impacto com a parede dando alguns passos nas telhas do andar térreo, amortecendo sua queda. Produziu algum ruído. Dois guardas vieram averiguar, mas Natsumaru ficou imóvel, e não foi percebido. Depois, subiu pelo lado de fora até o último andar, e um dos arqueiros o percebeu, gritando um alerta em seguida. Entrou rapidamente pela janela e se escondeu no forro. Esperava não ter deixado rastros.
Os guardas vasculharam toda a propriedade, mas não o encontraram. Natsumaru ouviu um dos guardas falar para não incomodar o daimyo e continuar procurando. Cinco guardas se colocaram em volta do quarto do chefe e ali ficaram. Nenhum dos idiotas pensou em olhar no forro. Natsumaru se arrastou até ficar em cima do quarto do daimyo. No momento, uma concubina cavalgava o gordo senhor, que depois de alguns minutos deu um gemido alto, teve alguns espasmos e tirou a mulher de cima de si. A moça, provavelmente uma prostituta, se vestiu e encaminhou-se até a sala de banhos, passando pelos guardas da porta. Dois deles entraram e vasculharam o cômodo. Encontraram seu senhor com o pênis semiereto, mas já roncado alto. Depois que os guardas saíram, Natsumaru abriu o alçapão, desceu no quarto por uma corda e ficou de frente para o daimyo. Sacou uma pequena zarabatana e soprou um dardo direto na testa do homem. Este não acordou, e não acordaria nunca mais. O veneno lhe causaria parada cardíaca em três minutos, e o daimyo morreria dormindo. Natsumaru recolheu o dardo subiu novamente no sótão e fez o caminho inverso para fora da propriedade. Foi visto por um dos arqueiros quando pulava o muro e teve de fugir. Chegando na floresta despistou facilmente os soldados, matando dois ou três com shurikens para amedrontar os outros, que desistiram da busca.
Os generais disseram ao povo que o daimyo morreu feliz, e que seu coração não aguentou a emoção do prazer. Eles sabiam que um ninja tinha feito o trabalho, mas seria muito desonroso se a população soubesse do fato.Natsumaru recebeu seu pagamento e contratou a mesma prostituta que estava com o daimyo na noite de sua morte. Transou com ela três vezes.
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